sexta-feira, 31 de outubro de 2008

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Um aluno da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Leiria sofreu a ruptura de um aneurisma cerebral, depois de uma praxe académica. A escola pondera a abertura de um processo de averiguação. Apesar dos receios da família, não está provada relação directa entre o incidente e o ritual.
Na passado dia 22, o jovem participou nas actividades de recepção ao caloiro - um desfile pelas ruas e o "baptismo", num jardim da cidade. Começou a queixar-se de fortes dores na cabeça e vómitos, acabando por ser transportado ao Hospital de Santo André, naquela cidade.
Fonte daquela unidade explicou que o aluno deu ali entrada, cerca das 21 horas, "com referência, pela pessoa que o acompanhava, de consumo elevado de bebidas alcoólicas". Permaneceu internado até à manhã do dia seguinte. Segundo o hospital não apresentava qualquer queixa nessa altura.
Mas a mãe do jovem contou ao JN que "as dores não passaram e foram-se intensificando".
A mãe explica que, até sábado, ninguém sabia que o jovem tinha um aneurisma. E mostra-se convencida de que as actividades realizadas durante a praxe académica "poderão ter contribuído" para a ruptura.
"É certo que a ruptura de um aneurisma pode acontecer em qualquer circunstância, mas o que os alunos são sujeitos nas praxes - os pinotes, os banhos de água fria - podem provocar danos a quem tenha problemas de saúde, mesmo que não saiba". Por isso, adverte os outros pais para que, sempre que possível, "evitem que os filhos andem nestas coisas".


In Jornal de Noticias, 31 de Outubro 2008


Se a botija do gás acabasse em casa e ele tivesse de tomar banho com água fria lá estaria a mãe a culpar á Galp ou a Bp, se a aula de educação fisica fosse mais puxada lá estaria a mãe a culpar o professor...
E que fique assente que eu não sou uma fervorosa adepta das tradiçoes académicas, nem uma insensivel ao ponto de não reconhecer o sofrimento da mãe só achei um bocadinho descabido esta procura de justificação para o mal que aconteceu ao rapaz.

1 comentário:

Maria disse...

Oh pa, eu não teho razões de queixa da minha praxe, mas há algumas que são bem puxadas e que levam a consequências mto más.
Bem, neste caso, procuram-se justificação para o que aconteceu, e o mais fácil é culpar a praxe. Mas uma coisa é certa... as pessoas esticam a corda ao máximo nestas alturas... e às vezes corre mal.