António Saraiva, presidente da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP) e, até agora, o único gestor que conseguiu chegar a administrador do Grupo Mello sem ter licenciatura, lembra as excepções. "A maior parte são self-made men, pessoas que subiram a pulso, mas que depois têm algumas necessidades. Não sabem ler balanços, por exemplo. Mas há os que, não tendo formação superior, têm empresas excelentes".
O presidente da CIP já se cansou de repetir que não é doutor. Insistem sempre em oferecer-lhe o título, como se não fosse possível a alguém na posição dele - a voz dos patrões, dono da Metalúrgica Luso-Italiana que fabrica as torneiras Zenite -, não ter concluído o curso. A sua universidade foi outra. Parecida com a de Rui Nabeiro, que construiu o império da marca Delta a partir de Campo Maior com a quarta classe. Ou a de José Luís Simões, presidente do grupo de transporte e logística Luís Simões, que aprendeu lições de vida no Mercado da Ribeira enquanto vendia hortelã e salsa.
Público
Isto vem a propósito dos doutores e engenheiros que vêm escarrapachados nos cheques que me passam pelas mãos, e nos telefonemas estranhos que tenho de fazer a pessoas a quem tenho prontamente de chamar doutores.
O mal desta palavra é que esta tão carregada de significado que se for usada na pessoa errada corre o risco de parecer ridícula.
1 comentário:
Acho uma Sra. Parvoíce! xD
beijinho
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