O tempo é uma peneira que vai mantendo o importante em cima e vai deixando cair o menos relevante que se vai misturando com montes de outras coisas que entretanto se vão passando na nossa vida.
As amizades também não se livram deste filtro, ficam em cima quem nos marca, quem permanece e as outras que vão caindo é porque não foram suficientes fortes para criar laços e manterem-se em cima.
E eu deixo-as cair porque sinceramente não me aquece nem me arrefece, é porque se perdeu ali pelo meio alguma coisa ou porque realmente nem sequer era amizade era mais uma simpatia e uns assuntos partilhados. Os que permanecem no tempo têm outro peso não é propriamente uma questão de assunto ou de copos bebidos.
Numa maneira muito especial há pessoas que embora quase nunca estejam comigo eu ainda as considero amigas e nunca as deixei serem peneiradas. Não consigo explicar bem porquê, mas são pessoas que se algum dia eu me casar ou morrer eu quero que elas lá estejam.
Na realidade elas estão distantes, mas por algum motivo eu não as deixo ir e elas ficam aqui sossegaditas meias adormecidas para volta e meia na presença das tais pessoas ou de algumas lembranças eu ficar genuinamente feliz . A impressão que eu tenho é que por mais que o tempo passe sem eu alimentar esta amizade quando nos voltamos a encontrar não houve assim tantas mudanças, a confiança não se perdeu e eu que eu consigo brincar da mesma forma que brincava à cinco anos atrás.
2 comentários:
Uma grande verdade! Só as amizades puras e genuínas nos acompanham pela vida fora.
Gostei ju... Beijinho
Esta rubrica faz parte do "Segredo Moment"
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